Trip Around the Europe: Part 2

Continuando...

Saímos do Candelaria e fomos para mais um Speakeasy no Marais, o Little Red Door. Eu estava muito animada para conhecer o local pois vários amigos haviam me indicado. 

Chegamos numa rua meio deserta - agosto é mês de férias em Paris e eles levam isso muito a sério - os bares fecham por 10-15 dias e as ruas ficam vazias bem cedo. Para você ter uma idéia era sexta-feira e o bar estava vazio, só tinha a gente lá.
Chegamos na porta e encontramos um dos bartenders e o segurança, ficamos uns 15 minutos lá fora conversando antes de entrar. O segurança, super gente boa contou sobre uma viagem que ele fez ao Brasil anos atrás com sua esposa. 

Piotr Sajdak and Remy Savage

Entramos no bar através de uma pequena porta vermelha, como indica o nome. Lá dentro encontramos um bar com a luz baixa, sofás e mesas baixas e um extenso balcão. Ambiente super confortável! 

O staff já estava nos aguardando (santo facebook! rs). Os meninos já acompanhavam meu trabalho desde minha participação no Bols Around The World. Me pediram para entrar no bar e fazer meu coquetel do Bols pra eles, foi bacana.

Lá nós conversamos bastante sobre as influências na Coquetelaria Européia e Mundial. Conversamos sobre a onda dos anos 20/30/50 que tomou os bares através das roupas, estilos e penteados. Onda essa que já passou por lá, e temos observado crescer por aqui nos últimos tempos. Eles disseram que hoje em Paris a maior influência cultural vêm do Tiki Pop. E isso se reflete nas roupas (olha o avental deles), estilo mais informal nos bares - muitos bares incríveis em que eu estive na França os bartenders não estavam usando boina, suspensório e gravata borboleta, era apenas uma camiseta ou camisa (normalmente com estampas e cores quentes) e um avental. - ... pude ver também que na maioria dos bares em que eu estive você podia encontrar mais de 5 rótulos diferentes de rum, tequila e mezcal. E no menu as opções de coquetéis com esses destilados era vasta... Eles realmente gostam de mezcal e tequila por lá, vocês vão ver...

Eles indicaram uma exposição sobre a Cultura Tiki que estava em cartaz no Musée du quai Branly (e que acaba amanha!).

Miss you, guys!  <3

O menu deles muda regularmente e é comum ter um coquetel criado por algum bartender convidado. Os coquetéis são bem interessantes mas eu tomei um Sazerac, só pra variar. Foi o meu primeiro Sazerac na França, muitíssimo bem executado, por sinal (eu tenho viajado pelos bares ao redor do mundo provando Sazeracs. Tenho pra mim que o aroma de um sazerac recém preparado está entre os 3 melhores aromas do mundo). 

Foi uma das melhores conversas de bar que eu tive em Paris, eles fizeram com que eu me sentisse em casa desde o momento que eu ainda estava do lado de fora, conversando com o segurança. É, rolou shot again...

Desconheço a fonte dessas fotos, mas agradeço. ;)

Saímos de lá e fomos para o Le Quarante Trois, um Terrace "Up ont the Roof" no Holliday Inn Paris Notre Dame. A vista de bar mais incrível em Paris! O Bar fecha cedo, por volta das 23h se não me engano. Quando chegamos lá eles já haviam encerrado, mas o Mathiew Le Feuvrier estava esperando a gente e nos recebeu com um coquetel a base de tequila e shots (again!). Ficamos conversando. Mentira! Eles ficaram... eu me perdi no meio daquela vista incrível do bar mais alto de Paris, olhando os monumentos turísticos iluminados ao som de Glory Box e... err... ok, até ai eu já tinha tomado shots o suficiente para absorver tudo o que aquela vista fornecia ;)


Bom, saímos de lá com o Mathiew e fomos ao bar de um amigo dele para tomar um chope. Em seguida seguimos em direção ao ECC - Experimental Cocktal Club, um dos primeiros  Speakeasy de Paris, do mesmo grupo do Little Red Door.

Uma dica para encontrar o lugar é olhar no street view. A entrada é bem discreta e se você não prestar atenção, quase não percebe a placa na porta. 

Atravessamos uma cortina vermelha de veludo e vimos um autêntico speakeasy: luz baixa, balcão extenso e disputado mas... estava muito lotado! E isso é normal por lá, o ECC é bem famoso. Pedimos um coquetel no canto do balcão, os bartenders vieram nos cumprimentar e fomos embora. Agora, direto para o Hotel.

Meu amigo fazia questão de dizer para todo mundo que ele tinha apenas um dia em Paris para visitar 10 bares (que era a meta pessoal declarada dele. rs). Terminamos a noite com 7 cocktail bars e um Chope. I think was enough.